Movimento Político Nikkei entra em seu 2º ano em busca do fortalecimento das entidades nikkeis

As eleições municipais de 2020 só ocorrerão em outubro, mas a movimentação nos bastidores já começou. Idealizado pelo “sempre deputado” Hatiro Shimomoto – forma como é carinhosamente conhecido o ex-deputado estadual – o Movimento Político Nikkei (MPN), cujo objetivo é buscar o fortalecimento dos políticos nikkeis e a valorização das entidades nikkeis, inicia nesta sexta-feira, 13, seu segundo ano de atividades em busca de um objetivo bem definido: o de que prevenir é melhor que remediar. Ou como diz o criador e coordenador do MPN: “Todos querem a presença e ajuda de políticos em seus eventos, mas se não eleger ninguém o que é que eles vão fazer?”, indaga Hatiro Shimomoto, acrescentando que “alguém precisa falar antes das eleições porque depois não adianta ficar reclamando”.
Segundo ele, a ideia de criar o MPN nasceu justamente em função do desempenho pífio dos candidatos nikkeis na última disputa para deputado estadual e deputado federal quando o Estado de São Paulo, por exemplo, que conta com a maior comunidade japonesa e seus descendentes do país, conseguiu eleger apenas um representante para a Câmara dos Deputados, e, assim mesmo, apesar de ter se aproximado – e até frequentado eventos da comunidade nikkei – Kim Kataguiri até então não tinha – e continua não tendo – nenhum vínculo mais próximo com associações ou entidades nipo-brasileiras.
5º Simpósio – E em outubro, quando cerca de 150 milhões de eleitores devem ir às urnas em 5.570 munícípios pára eleger prefeitos, vices e vereadores, a expectativa é que a presença de representantes com ascendência japonesa nas Câmaras Municipais aumente. A missão não será fácil pois vários fatores podem interferir na escolha do eleitor.
No entanto, Shimomoto espera, pelo menos, que os próximos palestrantes, o vice-presidente do Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social) e ex-sub-chefe da Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo, Carlos Kendi Fukuhara, e o professor e ex-presidente da Assistência Social Dom José Gaspar Ikoi-no-Sono, Reimei Yoshioka, sigam a mesma linha de seus antecessores, ou seja, de mostrar a necessidade de se eleger (mais) representantes nikkeis, seja na esferas municipal, estadual ou federal.

Temas – Responsável pelos dois últimos grandes acontecimentos envolvendo a família imperial – a Cerimônia e Jantar em Comemoração à Entronização do Imperador do Japão, Naruhito – no dia 22 de outubro do ano passado, no Círculo Militar de São Paulo – e a Celebração dos 60 anos de vida de Sua Majestade – no último dia 28, no Thetato Municipal – Carlos Kendi Fukuhara vai falar sobre a “Preparação da campanha política deste ano e valorizar os políticos nikkeis e a comunidade nikkei”.
Já Reimei Yoshioka abordará o tema “Participação da comunidade nikkei em eleger maior número de políticos”. Por enquanto, explica Hatiro, estão confirmadas as presenças do vereador de Penápolis (SP), Rubens de Medici Ito Bertolini, o Rubinho Bertolini (SD); do vice-prefeito de Guaratinguetá, Regis Yasumura (PSB); do vereador de São Paulo, George Hato (MDB); do deputado estadual Coronel Nishikawa (PSL) e do ex-deputado estadual Hélio Nishimoto.

Expectativa – Para Shimomoto, a expectativa é que se repita o sucesso do primeiro ano do Movimento dos Políticos Nikkeis, quando foram realizados quatro Simpósios a cada três meses.
No primeiro ano, o MPN teve como palestrantes o cônsul geral do Japão em São Paulo, Yasushi Noguchi (participou por duas vezes); o presidente do Bunkyo, Renato Ishikawa – que falou sobre o “Incentivo, a participação e integração da comunidade com políticos e entidades nikkeis”; o presidente do Kenren, Yasuo Yamada, que abordou o tema “Integração e harmonia dos associados das províncias aos políticos nikkeis; o presidente executivo do Festival do Japão, José Taniguti, que falou sobre a “Valorização dos políticos nikkeis aos associados dos kenjinkais”; o vice-presidente do Kenren, Toshio Ichikawa, que palestrou sobre a “Participação dos associados dos kenjinkais na integração política dos nikkeis no Estado de São Paulo”; o presidente da Fundação Kunito Miyasaka, Roberto Nishio, que falou sobre a “Valorização dos políticos nikkeis à sociedade nikkei”; e o gerente de Operações da Japan House São Paulo e presidente da Comissão de Administração do Pavilhão Japonês, Claudio Kurita, que participou com o tema “Participação dos jovens da comunidade nipo-brasileira para o fortalecimento da comunidade e políticos nikkeis”.
Membros – Dos 17 membros efetivos – Hatiro Shimomoto (coordenador); Kim Kataguiri (deputado federal), ex-deputados federais Keiko Ota (PSB), Junji Abe (MDB) e Walter Ihoshi (PSD); deputados estaduais Coronel Nishikawa (PSL); Márcio Nakashima (PDT); ex-deputado estadual Hélio Nishimoto; ex-prefeito de Andradina, Jamil Ono (Patri); vice-prefeitos Juliano Abe (MDB), de Mogi das Cruzes; Régis Yasumura (PSB), de Guaratinguetá; vereadores Aurélio Nomura (PSDB-SP), George Hato (MDB-SP), Cláudio Miyake (PSDB, de Mogi); Masataka Ota (PSB-SP); Yutaka Kimura (PTB, de Bastos) e Rodrigo Hayashi Goulart (PSD-SP), participaram dos Simpósios – políticos que tiveram mais de 20 mil votos no Estado de São Paulo – os seguintes políticos: Keiko Ota, Coronel Nishikawa; Hélio Nishimoto, Régis Yasumura, Aurélio Nomura; George Hato; Masataka Ota; Yutaka Kimura e Rodrigo Hayashi Goulart.
De acordo com Shimomoto, sete não tem participado dos Simpósios: Kim Kataguiri (DEM); Junji Abe, Walter Ihoshi, Márcio Nakashima; Jamil Ono, Juliano Abe e o vereador de Mogi das Cruzes, Cláudio Miyake.
Entre os temas que considera relevantes, Hatiro Shimomoto destaca as discussões sobre a redução da maioridade penal para 15 anos, o combate à corrupção e diminuição de gastos públicos e a diminuição de prefeituras e câmaras municipais, que ganhou destaque nos últimos dias no governo federal.
Apreço – Segundo Shimomoto, “houve por parte do público, manifestação de apreço e apoio à inciativa deste movimento, em valorizar os políticos atuantes porque, divulgando a participação nos Simpósios, se tornariam políticos mais conhecidos, pela atuação através da imprensa”.
“Desta forma, não haveria a pulverização dos votos e elegeriam mais políticos atuantes e dignos, para através de bons políticos fazerem boas leis, para melhorar a Sociedade e construir um país melhor”, destacou Shimomoto, acrescentando que o MPN tem como meta fortalecer a tese que “uma nação se constrói pela formação do povo, pela educação, civismo, amor à Pátria e a prática de bons usos e costumes formam cidadãos bons para a sociedade e para o país”.
5º Simpósio do MPN
Quando: Dia 13 de março (sexta), a partir do meio-dia
Onde: Rua Sãop Joaquim, 381 – 5º andar (sala do Kenren)